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terça-feira, 23 de março de 2021

Como mapas podem contar histórias trágicas


A tragédia anunciada da pandemia de covid-19 no Brasil, pode ser pintada pelos mapas evolutivos durante o genocídio promovido pelo esquecimento. O descolamento da realidade que afeta o povo brasileiro, gera um esquecimento seletivo das informações recentes  e medidas referentes as mortes ocorridas. Quando na Itália morreram algumas dezenas, o impacto foi alto, mas quando morrem milhares por dia em seu próprio solo a vida segue. Não que isso seja diferente de como nos portávamos diante da dores do dia dia, mas com o genocídio ocorrendo na frente dos olhos de todos, o comportamento normalizado é assustador.

Ter que dia a pós dia escolher entre sobreviver e simplesmente viver, escolha comuns para grande parte da população, dar de sua saúde física e mental para sobrevivência. Durante a Pandemia esse pensamento não muda na vida da maioria da população, cegos pelos problemas estruturais que os afligem por toda sua vida, correr risco pra algo invisível é o menor dos problemas. A vida sem conhecimento, a vida ignorante que nos leva a essa desgraça, foi criado pelos próprios problemas que perpetuamos por décadas.

A Crise sanitária acelera os problemas, escancara comportamentos e fragilidades, incapacidades de uma sociedade quebrada para reagir a um problema do século 21. Brasil que estava em ascensão nas ultimas décadas, hoje se mostra incapacitado em viver no mundo globalizado, problemas enraizados facilmente manipulados para destruir e tirar o controle do país, geram um caos em sistemas aparentemente já estabilizados. Saúde e economia não vão vencer um vírus com estratégias anticientíficas, vão prolongar o problema com tempos bons e ruins e morra quem morrer, aguente quem aguentar, até que haja um colapso total.

Não gostaria de acreditar que precisaremos de um colapso social para vencermos um mero vírus, dos muitos que ainda virão. Vendo mapas de ocupação de leitos e mortes, contarem historias perante os meses, ver o vermelho tomar conta de cada estado brasileiro, o avanço claro e desenhado de um agente biológico que poderia ser evitado, poderia ser antecipado e contido. A pandemia de covid-19 no mundo era realmente inevitável, mas as pilhas de mortos produzidas por todo o mapa brasileiro, o desamparo, a fome, tristeza e solidão de um povo que não tem perspectivas de melhora, de uma gente que perdeu a esperança, uma nação alienada, amaldiçoado a viver o escárnio da ignorância, uma realidade injusta, caótica, perversa. 

Um povo que era considerado o mais alegre do mundo, a magia do samba e do futebol, hoje são substituídas, pelas escatologias promovidas pelas camada sociais mais horripilante que a alienação poderia produzir. Hoje somos um grande exemplo de nação fascista e retrógada, pária mundial em relação ao que importa nos tempos modernos, não somos relevantes na ciência muito menos na tecnologia. Somos só mais um episódio de Os Simpsons no Brasil, bem humorado, colorido e com um palhaço governando a nação. Quando os mapas forem coloridos pelo vermelho das mortes, por favor entenda que esse desastre já estava anunciado.





quarta-feira, 3 de março de 2021

Armas do futuro: ferramentas digitais

Durante vários dias da semana eu acompanho as atividades de Bots propagando desinformação no twitter. O funcionamento deles não é constante, se restringe a horários propícios, inclusive ficam mais agressivos quando o momento é favorável, por exemplo quando se necessita de uma cortina de fumaça para a agenda desastrosa do governo brasileiro.

As vezes me pergunto, como nossas relações sociais vão enfrentar esse dinamismo na propagação de informação na era digital. A velocidade de como se movimenta apoio e engajamentos em assuntos não necessariamente reais, é muito maior do que em qualquer monopólio de poder pela história. Com uma população analfabeta funcional em sua grande maioria, o brasil segue a passos largos para um futuro de distopia onde poucos vão ter poder sobre muitos e sugar tudo que a maquina social nesse formato pode dar.

Adaptando-se a interação em redes sociais e a chegada de informação na população, podemos reverter a inocência do usuário que consome e propaga conteúdo sem poder analisar. O analfabetismo digital gerou essa aberração que temos hoje, a falta de conhecimento de quão perigosos os meios de divulgação digital podem ser. A relação com os mecanismos digitais foi apressada e o acesso universal abriu brechas nas estruturas, onde as maiores podridões sociais podem ressurgir, podem aparecer na superfície da internet. E hoje onde todos podem navegar nessas águas com um mecanismos localizado em seus bolsos, desde o PHD  até a mão de obra, viram números e ferramentas da fomentação de mazelas históricas e preconceitos arcaicos, os quais são fortemente defendidos pelas elites financeiras de todo mundo. 

O brasil em seu pseudo-colonialismo não faz nada de se impressionar, as mesmas elites bostejam no poder, maquiam sua podridão e seguem governando para poucos, se aproveitando das novas ferramentas digitais para durante a maior pandemia de todos os tempos, onde o mundo parou, transparecer normalidade. A população diz que tem que aceitar, mas a verdade é que os calos da população, as dores que já viveram os tiraram a esperança, morrem cada vez mais pessoas, como todos os dias  sempre morrem. Quando a sensação de viver e morrer se perdem, a população não consegue esconder as dores da falta de apoio institucional, a normalização da dor é o novo normal.

Contudo, onde os avanços tecnológicos podem ser usados para o mau, eles podem ser usados para o bem. Programas de detecção de bots utilizados na disseminação de fake news, são tecnologias reais e de livre acesso, onde conseguem identificar contas falsas, fazendo o uso de spam e propagação de conteúdo. Mantendo parceiros e apoiadores informados e com materiais de fácil viralização, agindo nos momentos mais oportunos, criando uma falsa imagem de apoio, um apoio só onde a informação do mundo real não chega, o apoio daqueles que só vivem a maquiagem, onde o mundo irreal parece corresponder a inseguranças e preconceitos, onde as dores verdadeiras do povo brasileiro nunca serão ouvidas. 


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