quarta-feira, 14 de abril de 2021

Cientistas desvendam genoma do novo coronavírus enquanto vacinação avança de vagar somente no brasil

Ciência acelera processos para frear disseminação do vírus e descobrir onde está localizado, há quanto tempo e com que velocidade se movimenta

Da sofisticada pesquisa genética ao desenvolvimento de novos produtos de limpeza, a inovação teve grandes avanços desde a descoberta do novo coronavírus. A urgência para encontrar instrumentos de combate à Covid-19 acelerou muitos processos, como o de sequenciamento de genomas: uma parceria do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e do Instituto Adolfo Lutz (IAL) com a Universidade de Oxford, por exemplo, permitiu que todas as etapas fossem concluídas em 48 horas, quando o tempo médio era de 15 dias.

Mapear o genoma de um vírus é fundamental para descobrir a região onde está localizado, há quanto tempo e com que velocidade se movimenta. Assim, é possível traçar estratégias para frear a disseminação. Também é crucial para pesquisas de vacinas e para a realização de testes de diagnóstico.

— Na pandemia, temos o exemplo clássico de como a ciência, com investimento e compartilhamento de informação, avança. Veja que as vacinas contra a Covid-19 geralmente têm os nomes atrelados de duas instituições, porque compartilharam informações. E os investimentos foram fundamentais para avançar nos testes (em humanos), especialmente na terceira etapa. A ciência se constrói dessa forma — diz Rafael Barreto Almada, presidente do Conselho Regional de Química – Terceira Região (Rio de Janeiro).

Professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Almada lembra que, logo depois da chegada da doença ao país, várias universidades se mobilizaram para fabricar e doar álcool gel:

— No início o álcool gel sumiu do mercado, porque o principal produto que dá o aspecto gelatinoso, carbopol, é importado. O uso de outros polímeros foi estudado e aperfeiçoado. O mesmo aconteceu com o álcool líquido para as mãos, que passou a ter substâncias hidratantes. Antes só havia álcool líquido para superfície, que resseca a pele.

Outra frente que teve grandes avanços tecnológicos foi a produção de equipamentos de proteção, como face shields e óculos fabricados em impressoras 3D, e o desenvolvimento de tecidos para máscaras que neutralizam a ação do vírus. Também a criação de novos respiradores e oxímetros ajudou a aumentar a oferta e baratear os equipamentos. Na robótica, drones fizeram alertas à população, e máquinas distribuíram refeições aos infectados em hospitais. A telemedicina é mais um exemplo de prática que deu um grande salto.

— Pela longa duração da pandemia, acredito que os protocolos de proteção e o uso de novos equipamentos serão incorporados daqui para a frente — afirma Almada. 



BOLETIM ATUALIZADO # COVID19 no Brasil no dia 13/04
Fonte: Sec de Saúde dos Estados (CONASS)
Data: 13/04 (Atualizado às 18h)
Nº de infectados: 13.599.994
Nº de mortos: 358.425
Foram 82.186 casos e 3.808 mortes em 24h
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TRÊS MIL OITOCENTAS E OITO MORTES
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SeringaDoses aplicadas da vacina: 31.913.554
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terça-feira, 23 de março de 2021

Como mapas podem contar histórias trágicas


A tragédia anunciada da pandemia de covid-19 no Brasil, pode ser pintada pelos mapas evolutivos durante o genocídio promovido pelo esquecimento. O descolamento da realidade que afeta o povo brasileiro, gera um esquecimento seletivo das informações recentes  e medidas referentes as mortes ocorridas. Quando na Itália morreram algumas dezenas, o impacto foi alto, mas quando morrem milhares por dia em seu próprio solo a vida segue. Não que isso seja diferente de como nos portávamos diante da dores do dia dia, mas com o genocídio ocorrendo na frente dos olhos de todos, o comportamento normalizado é assustador.

Ter que dia a pós dia escolher entre sobreviver e simplesmente viver, escolha comuns para grande parte da população, dar de sua saúde física e mental para sobrevivência. Durante a Pandemia esse pensamento não muda na vida da maioria da população, cegos pelos problemas estruturais que os afligem por toda sua vida, correr risco pra algo invisível é o menor dos problemas. A vida sem conhecimento, a vida ignorante que nos leva a essa desgraça, foi criado pelos próprios problemas que perpetuamos por décadas.

A Crise sanitária acelera os problemas, escancara comportamentos e fragilidades, incapacidades de uma sociedade quebrada para reagir a um problema do século 21. Brasil que estava em ascensão nas ultimas décadas, hoje se mostra incapacitado em viver no mundo globalizado, problemas enraizados facilmente manipulados para destruir e tirar o controle do país, geram um caos em sistemas aparentemente já estabilizados. Saúde e economia não vão vencer um vírus com estratégias anticientíficas, vão prolongar o problema com tempos bons e ruins e morra quem morrer, aguente quem aguentar, até que haja um colapso total.

Não gostaria de acreditar que precisaremos de um colapso social para vencermos um mero vírus, dos muitos que ainda virão. Vendo mapas de ocupação de leitos e mortes, contarem historias perante os meses, ver o vermelho tomar conta de cada estado brasileiro, o avanço claro e desenhado de um agente biológico que poderia ser evitado, poderia ser antecipado e contido. A pandemia de covid-19 no mundo era realmente inevitável, mas as pilhas de mortos produzidas por todo o mapa brasileiro, o desamparo, a fome, tristeza e solidão de um povo que não tem perspectivas de melhora, de uma gente que perdeu a esperança, uma nação alienada, amaldiçoado a viver o escárnio da ignorância, uma realidade injusta, caótica, perversa. 

Um povo que era considerado o mais alegre do mundo, a magia do samba e do futebol, hoje são substituídas, pelas escatologias promovidas pelas camada sociais mais horripilante que a alienação poderia produzir. Hoje somos um grande exemplo de nação fascista e retrógada, pária mundial em relação ao que importa nos tempos modernos, não somos relevantes na ciência muito menos na tecnologia. Somos só mais um episódio de Os Simpsons no Brasil, bem humorado, colorido e com um palhaço governando a nação. Quando os mapas forem coloridos pelo vermelho das mortes, por favor entenda que esse desastre já estava anunciado.





sábado, 20 de março de 2021

Brazil faces the biggest health system collapse in its history

 In face of the current pandemic scenario in Brazil, the Oswaldo Cruz Foundation (Fiocruz) released on March 16 an extraordinary edition of the COVID-19 Observatory Bulletin. The analysis draws attention to the indicators that point to an extremely critical situation across the country. At the moment, out of the 27 federative units, 24 states and the Federal District have occupancy rates for ICU COVID-19 beds for adults in the Brazilian Public Health System (SUS, in the Portuguese acronym) equal to or greater than 80%, 15 of which with rates equal to or greater than 90%. In relation to capital cities, 25 of the 27 have these rates equal to or higher than 80%, 19 of which are higher than 90%.

 Occupancy rates for ICU COVID-19 beds for adults in the Brazilian Public Health System on March 16. Source: Fiocruz COVID-19 Observatory



sexta-feira, 12 de março de 2021

A podridão no sul do brasil

Nasci e cresci em Santa Catarina, localizada na região sul do continental país Brasil. Aqui as coisas transparecem uma normalidade perturbadora, as pessoas que aqui vivem, tem orgulho de suas origens e descendências. Acreditam que tem uma cultura própria e mais sofisticada que o resto do país, assim se julgando superiores de alguma maneira. Não que isso seja verdade, atrás dessa imagem de normalidade, se esconde uma podridão avassaladora, onde os mais vis comportamentos são colocados para jogo como o normal, o negacionismo cientifico e da realidade, se escancara na maior crise sanitária que o país já viu.

Porém, isso não é tudo. Essa ideia de que no sul do país teríamos um povo mais requintado, cai por água a baixo quando os preconceitos infundados dominam a vida social das pessoas. Racismo é coisa do cotidiano, tratado como normalidade pela grande maioria, algo que soa como ilusão da cabeça das pessoas que o mesmo sofrem. O machismo é a mesma coisa, a sociedade patriarcal faz de tudo para não compartilhar seus direitos e poderes. Tudo isso pode ser observado em um panorama dos governantes e lideres do povo na região, em qualquer área do estado a figura que vem representar é sempre a mesma, homem velho branco. 

Daquele lugar que se dizia a Europa brasileira, com suas colonizações austríacas, alemães e italianas, apresentam o que já de pior passou nessas culturas, o idealismo fascista. E isso se resume em tudo, desde o jeito de se vestir, o lugar de fala, lugar de ocupação das diferentes classes que convivem no estado. Aqui os velhos brancos ricos são donos de todos as grandes empresas e fazendas na região, aqui o monopólio é de poder financeiro, onde poucos tem sobre muitos. E esses poucos carregam pensamentos eugenistas, e em seu domínio dos meios sociais acabam propagando e disseminando seus preconceitos para as camadas gerais da população, a falsa ideia de Europa brasileira trás todo o povo para um lado imbecil.

Essa Europa brasileira do século passado, não passa de uma caricatura fascista e cheia dos maiores preconceitos enraizados na estrutura do povo brasileiro. As estruturas e pessoas idealizadas por aqui, as homenagens nas ruas, o comportamento das pessoas, a falta de discernimento da realidade, fazem com que nossa evolução social pare no tempo, pior!! regrida a momentos conturbados demais, onde figuras de pensamentos horripilantes e nocivos levaram multidões a aplaudir seu delírio. Aqui foi o berço do bolsonarismo, muito pela população da base desinformada, mas os que acreditavam de verdade, eram aqueles velhos brancos poderosos, donos de tudo por aqui, donos até mesmo da verdade.  

Concluindo, a visão que tenho do povo daqui, convivendo com o mesmo por 26 anos, são a de pessoas desconexas com a realidade. Tudo que aqui importa é a negação, de tudo que é real, qualquer coisa que traga compaixão e compartilhamento parece mais roubo, sendo que quem povoou essas terras e as sujou com sangue de outras pessoas, sempre usurpou o poder, sempre levou em cima do povo que aqui vivia, sempre olhou pra fora com um desdenho de superioridade, sendo que vivem no mais fundo e lodoso fosso das mazelas do preconceito brasileiro. A região sul do brasil é o berço de um novo e velho Fascismo.




quarta-feira, 3 de março de 2021

Armas do futuro: ferramentas digitais

Durante vários dias da semana eu acompanho as atividades de Bots propagando desinformação no twitter. O funcionamento deles não é constante, se restringe a horários propícios, inclusive ficam mais agressivos quando o momento é favorável, por exemplo quando se necessita de uma cortina de fumaça para a agenda desastrosa do governo brasileiro.

As vezes me pergunto, como nossas relações sociais vão enfrentar esse dinamismo na propagação de informação na era digital. A velocidade de como se movimenta apoio e engajamentos em assuntos não necessariamente reais, é muito maior do que em qualquer monopólio de poder pela história. Com uma população analfabeta funcional em sua grande maioria, o brasil segue a passos largos para um futuro de distopia onde poucos vão ter poder sobre muitos e sugar tudo que a maquina social nesse formato pode dar.

Adaptando-se a interação em redes sociais e a chegada de informação na população, podemos reverter a inocência do usuário que consome e propaga conteúdo sem poder analisar. O analfabetismo digital gerou essa aberração que temos hoje, a falta de conhecimento de quão perigosos os meios de divulgação digital podem ser. A relação com os mecanismos digitais foi apressada e o acesso universal abriu brechas nas estruturas, onde as maiores podridões sociais podem ressurgir, podem aparecer na superfície da internet. E hoje onde todos podem navegar nessas águas com um mecanismos localizado em seus bolsos, desde o PHD  até a mão de obra, viram números e ferramentas da fomentação de mazelas históricas e preconceitos arcaicos, os quais são fortemente defendidos pelas elites financeiras de todo mundo. 

O brasil em seu pseudo-colonialismo não faz nada de se impressionar, as mesmas elites bostejam no poder, maquiam sua podridão e seguem governando para poucos, se aproveitando das novas ferramentas digitais para durante a maior pandemia de todos os tempos, onde o mundo parou, transparecer normalidade. A população diz que tem que aceitar, mas a verdade é que os calos da população, as dores que já viveram os tiraram a esperança, morrem cada vez mais pessoas, como todos os dias  sempre morrem. Quando a sensação de viver e morrer se perdem, a população não consegue esconder as dores da falta de apoio institucional, a normalização da dor é o novo normal.

Contudo, onde os avanços tecnológicos podem ser usados para o mau, eles podem ser usados para o bem. Programas de detecção de bots utilizados na disseminação de fake news, são tecnologias reais e de livre acesso, onde conseguem identificar contas falsas, fazendo o uso de spam e propagação de conteúdo. Mantendo parceiros e apoiadores informados e com materiais de fácil viralização, agindo nos momentos mais oportunos, criando uma falsa imagem de apoio, um apoio só onde a informação do mundo real não chega, o apoio daqueles que só vivem a maquiagem, onde o mundo irreal parece corresponder a inseguranças e preconceitos, onde as dores verdadeiras do povo brasileiro nunca serão ouvidas. 


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terça-feira, 2 de março de 2021

Mapa de ocupação de leitos COVID-19

Mapa da situação de ocupação de leitos de UTI para adultos. Visualização do mapa do Brasil com ocupação por estado. 

Fiocruz: pela 1a vez na pandemia, país inteiro está em situação crítica por conta do covid-19, ao mesmo tempo.
A situação previsível e muito bem avisada a meses já perdeu o controle, agora é continuar contando os mortos. O tempo anda em uma direção só, não dá de voltar e refazer, não tem como parar a bola de neve depois que ela já está enorme. 
Se puder fique em casa, higienize as mãos e tome todos os cuidados que puderem. 

A Base Invisível: A importância da computação na construção de algoritmos para o geoprocessamento

O avanço da ciência, especialmente nas geociências, tem sido cada vez mais impulsionado pelo uso de ferramentas tecnológicas. Dentro desse c...